O RESTO É CÉU
58-07-24-em> versos publicados em «espaço mortal», pg.47
ALTER EGO
Lisboa, 24/7/58
A nossa nave ao vento, amigo,
a nossa sorte ao leme,
quem não deve não teme
e eu estou contigo.
Desta janela, desta branca janela
onde a noite se senta de mansinho,
falo-te noite, falo-te amizade,
para não estar sozinho.
Da nossa esperança unida
aberta aos temporais,
do vértice da vida
reconhecemo-nos iguais.
+
julho24-1671 caracteres - 1655 caracteres
24/Julho/1988
Una voz inteligente en el desierto de la lluvia e de las lágrimas
Un hombre sensible entre los escombros de la esperanza e de la vida
Una seduccíon en el camiño de la indiferencia
de retorno a la infancia perdida
el amor del espirito
Una cancion de ternura en el centro de la guerra e del odio
Un animal solitario pero solidario con la vida
mas alla de la muerte
nuestra madre
nuestra hija querida
En nombre de la muerte
En nombre de la vida
un narciso que se ama a si mesmo
e contempla en las aguas mansas del olvido
En nombre del hijo
habla de todos los hijos
tan solitários
tan tristes
tan bellos
en el desierto de la lluvia e de las lágrimas
en la encruzijada de la vida e de la muerte
Un compañero
sin compañero
hablando en silencio
dançando en silencio
lançando al mar el SOS de la esperanza
anunciando en que dia de la eternidad llegará
la voz
el alma
el corazon que te escuche
sin palabras
el silencio te habla.
+ 61-07-24-vs>
INIDENTIDADE
Faro, 24/7/1961
onde vão beber os camarões de bronze
não é o centro
- a solidão -
não são rosas a abrir
enigmas madrugada
não é
um círculo de palavras
não é uma nora
não é uma casa
não é um arco
um octógono de víboras
não é um sulco de searas
longas searas
em espiral
ondas
o mar
O
cavalo
não é branco
nem o vento é um arado
e muito menos o sexo é uma flor
de caule erecto
A vida não é
uma razão de viver
é um hábito
O dia não é
a noite
o tédio não é o sol
os pinheiros não são os corações
mais baratos
E o tempo
agarra-se deslumbrado
ao cimo de um monte
Os monges procuram um piolho
uma voz
e movimentos
O resto é céu.
***
ALTER EGO
Lisboa, 24/7/58
A nossa nave ao vento, amigo,
a nossa sorte ao leme,
quem não deve não teme
e eu estou contigo.
Desta janela, desta branca janela
onde a noite se senta de mansinho,
falo-te noite, falo-te amizade,
para não estar sozinho.
Da nossa esperança unida
aberta aos temporais,
do vértice da vida
reconhecemo-nos iguais.
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julho24-1671 caracteres - 1655 caracteres
24/Julho/1988
Una voz inteligente en el desierto de la lluvia e de las lágrimas
Un hombre sensible entre los escombros de la esperanza e de la vida
Una seduccíon en el camiño de la indiferencia
de retorno a la infancia perdida
el amor del espirito
Una cancion de ternura en el centro de la guerra e del odio
Un animal solitario pero solidario con la vida
mas alla de la muerte
nuestra madre
nuestra hija querida
En nombre de la muerte
En nombre de la vida
un narciso que se ama a si mesmo
e contempla en las aguas mansas del olvido
En nombre del hijo
habla de todos los hijos
tan solitários
tan tristes
tan bellos
en el desierto de la lluvia e de las lágrimas
en la encruzijada de la vida e de la muerte
Un compañero
sin compañero
hablando en silencio
dançando en silencio
lançando al mar el SOS de la esperanza
anunciando en que dia de la eternidad llegará
la voz
el alma
el corazon que te escuche
sin palabras
el silencio te habla.
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INIDENTIDADE
Faro, 24/7/1961
onde vão beber os camarões de bronze
não é o centro
- a solidão -
não são rosas a abrir
enigmas madrugada
não é
um círculo de palavras
não é uma nora
não é uma casa
não é um arco
um octógono de víboras
não é um sulco de searas
longas searas
em espiral
ondas
o mar
O
cavalo
não é branco
nem o vento é um arado
e muito menos o sexo é uma flor
de caule erecto
A vida não é
uma razão de viver
é um hábito
O dia não é
a noite
o tédio não é o sol
os pinheiros não são os corações
mais baratos
E o tempo
agarra-se deslumbrado
ao cimo de um monte
Os monges procuram um piolho
uma voz
e movimentos
O resto é céu.
***
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