INDISTINTA NÉVOA
58-11-23-em> versos publicados em «espaço mortal», pg. 49
PAUSA LIRICA (1)
São Luís de Odemira/Sines, 23/11/1958
Posso perder-te
e perder o teu rosto,
posso perder-te e à claridade
de me teres acordado
na minha noite de miséria.
Posso perder-te
porque fica a indistinta névoa
que me ficou de ti,
porque fica o teu rosto
que reconheceria entre milhares,
o teu perfil que nunca vira,
que nunca voltarei a ver,
porque o teu cabelo
o reconheceria entre mil cabelos,
posso perder-te
porque posso resignar-me
a perder-te.
***
PAUSA LIRICA (1)
São Luís de Odemira/Sines, 23/11/1958
Posso perder-te
e perder o teu rosto,
posso perder-te e à claridade
de me teres acordado
na minha noite de miséria.
Posso perder-te
porque fica a indistinta névoa
que me ficou de ti,
porque fica o teu rosto
que reconheceria entre milhares,
o teu perfil que nunca vira,
que nunca voltarei a ver,
porque o teu cabelo
o reconheceria entre mil cabelos,
posso perder-te
porque posso resignar-me
a perder-te.
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