O DIA NASCE
59-09-26-on> versos publicados em «o nariz», página 13
EM TEUS OLHOS
Lisboa, 26/9/59
Em teus olhos o dia nasce e sobe
é um deus do mar que o sol descobre.
Outra face tem agora a nossa dor
outra geografia a terra que aguardamos.
Quero contar-te o que adivinho e vejo
o que desespero penso e imagino
e o coração reparte.
Quero dar-te a minha ilha alada
e não trocar por nada
o que me deste.
O feno das horas vai crescendo
vão caindo pedras no porão do tempo
que já não é a teia do remorso
a ilha onde pernoita em tua mão
o pássaro de sono desta angústia
da tua aurora e minha confusão.
(In «Diário de Lisboa», suplemento «Vida Literária», 9/2/1961)
***
EM TEUS OLHOS
Lisboa, 26/9/59
Em teus olhos o dia nasce e sobe
é um deus do mar que o sol descobre.
Outra face tem agora a nossa dor
outra geografia a terra que aguardamos.
Quero contar-te o que adivinho e vejo
o que desespero penso e imagino
e o coração reparte.
Quero dar-te a minha ilha alada
e não trocar por nada
o que me deste.
O feno das horas vai crescendo
vão caindo pedras no porão do tempo
que já não é a teia do remorso
a ilha onde pernoita em tua mão
o pássaro de sono desta angústia
da tua aurora e minha confusão.
(In «Diário de Lisboa», suplemento «Vida Literária», 9/2/1961)
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